segunda-feira, 5 de maio de 2014

Opostos Atraem-se (!?)

Para falar da minha aventura com o Z, tenho que falar de opostos. Na verdade, não podíamos ser mais antagónicos na nossa essência.
Como já referimos (e de acordo com o rumo deste especinho que vos presenteamos), ele é tripeiro e eu sou açoriana. Aqui começa a "disparidade" nas raízes familiares e geográficas. Ele descende de uma família genuinamente portuense, unindo a história de Campanhã e da Ribeira numa simbiose mágica que levou à pessoa que ele é. Eu, por outro lado, sou descendente de um grupo de navegadores franceses que "tropeçaram" num arquipélago e que, numa tentativa sentida de mudar a sua vida, evoluíram para caçadores de mamíferos pequenos e fáceis de apanhar - baleias!! Ora, imaginem como é que isso correu... Somando todas estas componentes, o resultado sou eu!
E ele é tripeiro e eu sou das ilhas! Que disparidade!

Estes percursos familiares ditaram a nossa personalidade e forma de encarar cada situação; fizeram de nós diferentes em tudo um pouco:

  • ele diz "murcom", eu digo "ó home"
  • eu digo "dez para as cinco", ele diz "cinco menos dez"
  • ele bebe Super Bock e eu aprecio Sagres
  • ele come tripas e francesinhas e eu cozinho sopas do Espírito Santo
  • ele joga andebol, eu danço folcore
  • eu utilizo o gerúndio e ele... bem, ele fala sem quaisquer dificuldades ou incumprimentos ortográficos (alerta vermelho: tema para debate num futuro próximo!)
As nossas cores clubísticas também não podiam ser mais opostas. Eu sou "lampiona" e ele é dragão. Será preciso desenvolver mais este tópico? Na verdade, encontrámos um casal que soube partilhar este antagonismo de forma mais engraçada e persuasiva e que fez de nós fãs (para além de nos poupar imenso a escrever sobre o tema) - falamos do M. e da C. e do seu blogue Lá em casa mando EU.

E pronto! Seria de esperar que ficasse por aqui nas diferenças, visto que já são consideráveis. Contudo, minha gente, a procissão ainda vai no adro (este provérbio teria que ser utilizado em alguma altura da minha existência e achei que cabia bem aqui!).

Fisicamente falando, as discrepâncias são evidentes. Ele é um homem bem-constituído com 1,92 cm, porte atlético, postura firme, pernas longas e mãos definidas (ok, entusiasmei-me! desculpem). Eu sou uma gordinha "porta-chaves" com uns preciosos 12 cm acima do metro e meio, descontraída, dedos rechonchudos e olhos chineses (deve ser da caça à baleia! ah ah). Ele tem olhos claros e cabelo quase loiro, descrição que poderá ser motivo de discórdia, uma vez que o sr. Z considera que é moreno independentemente da nuance do castanho! - e eu sou tipicamente latina, com cabelos e olhos castanhos escuros. Se pudesse colocar esta descrição num desenho, ele seria um alfinete de alto gabarito e eu seria, hummm, talvez este bonequinho!!


O Z é uma pessoa paciente no que toca a situações de stress e pressão, ao invés de mim que fervo em pouca água. Especificamente falando (senhoras e senhores, aí está o aclamado gerúndio!), eu sou daquelas pessoas que dá um berro quando cai uma nódoa na roupa, antecipidando o pesadelo que será tirar aquela porcaria. Ele não acha piada aos meus berros e acaba por exibir um sorriso corriqueiro como quem ridiculariza o (verdadeiro) absurdo da situação.

Ele gere conflitos e eu crio conflitos!

Perante tudo isto, seria de esperar que o próprio destino se encarregasse de nos afastar, mas nós estamos de pedra e cal. Por vezes existem discussões (sim, não somos perfeitos! Longe disso!) que assentam nestas diferenças - e as cores clubísticas são a razão mais frequente -, mas temos conseguido ultrapassar com humor e compreensão. Aliás, a beleza da relação tem sido exatamente a diferença entre nós. A nossa aventura nunca peca por monotonia!

Somos um casal como tantos outros, mas com particularidades que fazem de nós quem somos.

Assim, tenho o maior prazer em partilhar com quem nos segue aquelas que são as particularidades que caracterizam a nossa aventura diária.
ENJOY!

2 comentários:

  1. Maravilhosa descrição, Joaninha! Adorei!
    Beijinho
    Isa

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  2. É sempre engraçado encarar as nossas origens com humor. Obrigada e beijinho

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